segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Duplas sertanejas e o crime internacional

Ainda bem que os alemães deram um tempo na idéia de invadir países. Correríamos um risco monstro de sofrermos um blitzkrieg depois da afronta ao patrimônio teuto-austríaco perpetuado por Chitãozinho e Xororó.

Os dois estão comemorando os 40 anos de carreira com uma idéia “genial”: misturar sertanejo com música erudita. O release é “animador”: diz que o evento, “histórico”, é “capaz de unir a Nona Sinfonia de Beethoven, Serenata de Schubert, Evidências e Fio de Cabelo em um mesmo concerto.” Tremei, terráqueos.

"Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor"

Uma combinação perfeita, nota-se. Em uma escala de crimes culturais, misturar "Adágio" com sertanejo mela-cueca deve equivaler a mijar na Mona Lisa.

Sertanejos são criminosos reincidentes. Além de aterrorizarem nossos ouvidos com seus falsetes que rimam “coração” com “pedaço de pão”, eles ainda deixam descendentes para perpetuar a devastação. Wanessa Camargo e a duplinha Sandy & Junior são uma espécie de Exxon Valdez cultural.

Beethoven, comemore: você é surdo. E já está morto.

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